A física relativística é um ramo da física moderna que revolucionou nossa compreensão do universo. Esta teoria, desenvolvida principalmente por Albert Einstein no início do século 20, tornou-se uma pedra angular da física moderna.
Neste artigo explicaremos o que é a física relativística, seus campos de estudo, um pouco de história e alguns exemplos que ilustrarão seus conceitos fundamentais.
O que é física relativística?
A física relativística é uma teoria que se concentra na compreensão do comportamento de objetos que se movem a velocidades próximas à velocidade da luz, bem como nas interações gravitacionais no âmbito da teoria da relatividade. É composto principalmente de duas teorias:
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A teoria da relatividade especial
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A teoria da relatividade geral
1. Teoria da Relatividade Especial (TRE)
O princípio da relatividade especial, formulado por Albert Einstein em 1905, afirma que as leis da física são as mesmas para todos os observadores que se movem a velocidades constantes e uniformes, independentemente da velocidade a que viajam.
Além disso, introduz a constância da velocidade da luz no vácuo como um limite superior absoluto de velocidade no universo. Isto significa que nenhuma partícula com massa pode atingir ou exceder a velocidade da luz.
O princípio da relatividade especial revolucionou a nossa compreensão da física ao unificar o espaço e o tempo numa entidade chamada espaço-tempo e dar origem à famosa equação E=mc 2 , que relaciona energia e massa.
2. Teoria da Relatividade Geral (GTR)
Desenvolvida por Einstein em 1915, a teoria da relatividade geral expande a ERT para incluir a gravidade. Esta teoria descreve a gravidade como uma curvatura do espaço-tempo causada pela presença de massa e energia.
A teoria da relatividade geral prevê que objetos massivos, como planetas e estrelas, distorcem o espaço-tempo ao seu redor.
Campos de estudo em física relativística
A física relativística cobre uma ampla gama de campos de estudo. Alguns dos campos mais notáveis incluem:
1. Cosmologia relativista
Este ramo se concentra na compreensão da estrutura e evolução do universo em grande escala. O TRG é essencial na cosmologia, pois fornece a base para modelos de expansão do universo, formação de galáxias e existência de buracos negros.
2. Relatividade das partículas
Trata do estudo de partículas subatômicas e seu comportamento em velocidades relativísticas.
Colisões de partículas de alta energia, como as que ocorrem em aceleradores de partículas como o LHC (Large Hadron Collider), são um exemplo importante desta área de pesquisa.
3. Astrodinâmica relativística
Esta disciplina centra-se na órbita e movimento dos objetos celestes, tendo em conta os efeitos relativísticos. Os sistemas de navegação por satélite, como o GPS, devem levar em conta a relatividade para fornecer medições de posição precisas.
4. Buracos negros e estrelas de nêutrons
Este ramo estuda objetos extremamente densos e massivos, onde os efeitos relativísticos são dominantes.
A previsão e observação de buracos negros e estrelas de nêutrons revolucionaram a nossa compreensão do universo.
Exemplos de física relativística
Para entender melhor a física relativística, vejamos alguns exemplos:
Energia nuclear
A equação E=mc² e os princípios da Teoria da Relatividade Restrita fornecem uma base teórica sólida para a compreensão de como a energia nuclear é liberada a partir da conversão de massa em energia.
Esta relação é essencial para compreender a física subjacente à energia nuclear e a sua aplicação tanto para fins pacíficos (geração de electricidade em centrais nucleares , medicina nuclear, etc.) como militares.
Efeito Doppler relativístico
Quando uma fonte de luz se move em direção a um observador, as ondas de luz são comprimidas, resultando em uma mudança para o azul no espectro. À medida que a fonte se afasta, as ondas se esticam, produzindo um desvio para o vermelho.
Este fenômeno é conhecido como efeito Doppler relativístico e é usado para medir velocidades de objetos astronômicos.
Contração de comprimento
De acordo com a teoria da relatividade especial, quando um objeto se move a velocidades próximas à velocidade da luz, seu comprimento na direção do movimento se contrai na direção do movimento.
Isso é conhecido como contração relativística do comprimento e é uma consequência direta da teoria.
dilatação do tempo
A dilatação relativística do tempo é outro efeito importante. Quando um objeto se move a velocidades relativísticas, ele sofre uma desaceleração no tempo em comparação com um observador em repouso.
Isto foi confirmado experimentalmente e é um componente essencial dos sistemas de navegação GPS.
buracos negros
Os buracos negros são regiões do espaço-tempo onde a gravidade é tão intensa que nada consegue escapar à sua atração, nem mesmo a luz. A teoria da relatividade especial prevê a formação de buracos negros e descreve seu comportamento.
A observação recente de buracos negros através de ondas gravitacionais confirmou estas previsões.